quinta-feira, 5 de julho de 2012

As novas bibliotecas: Biblioteca de São Paulo e Biblioteca Pública do Acre

Feitas para acolher os leitores de hoje, elas agora agregam outras mídias e reúnem todos os tipos de atividade cultural.
Fachada da Biblioteca de São Paulo
Fachada da Biblioteca Pública do Acre 

Existe um lugar agradável e acolhedor, em geral um prédio, onde não há nada à venda e mesmo assim é possível passar o tempo. Para quem gosta de andar pela cidade ou às vezes tem intervalos entre um compromisso e outro, as bibliotecas são um convite à pausa, mesmo que pequena, na correria dos dias. Atualmente, elas estão entre as poucas construções urbanas abertas ao público em que não se paga para entrar nem se vai atrás de algum produto para consumir - e vêm se transformando em centros onde as letras, os livros e a leitura dividem espaço com todo tipo de atividades culturais.

Em O Amor às Bibliotecas (Ed. Unesp), o francês Jean Marie Goulemot faz um elogio a esses espaços únicos nas cidades. Começa se queixando dos significados que dicionários e enciclopédias dão à palavra, tratada principalmente como uma coleção de livros. "Eu me pergunto por que os dicionários - será um sinal dos tempos? - nunca empregam a palavra `leitura¿ em sua definição da biblioteca. Para mim, uma biblioteca é primeiro um lugar onde se lê." Em seguida, toca um ponto que aparece sempre associado aos livros e aos espaços que os guardam: "A ideia de silêncio não pertence mais à nossa cultura: nossos contemporâneos gostam do barulho, embora se queixem dele. O walkman, ouvir música em volume muito alto, o uso de veículos de escapamento barulhento ilustram essa necessidade do barulho como para se dar a ilusão de que não se está sozinho, frente a frente consigo mesmo".

Um ponto de vista diferente do de Goulemot, mas também amoroso com as bibliotecas, pode ser encontrado em uma visita a elas. Não espere templos de silêncio absoluto, dedicados a sábios cuja concentração não pode ser perturbada. Além de espaços pensados para estimular a leitura, elas são ponto de encontro para conversas e trabalhos e agregam atividades como pequenos shows e projeções de filmes. Um local feito para acolher o que vem da rua, os leitores e os hábitos dos tempos de hoje. O livro e a leitura são os pontos para onde tudo converge, mas não mais os únicos atrativos. Existe espaço para o silêncio, mas também para conversar e fazer atividades em grupo. A biblioteca se mostra preparada para abrigar a diversidade das intenções.

DUAS BIBLIOTECAS, UMA PROPOSTA
Duas bibliotecas, pontos extremos de um mesmo perfil, ilustram como esses espaços podem se integrar à vida da comunidade e, se mais valorizadas, passar a fazer parte das nossas vidas. Uma fica em São Paulo, a 1500 metros da movimentada Marginal Tietê. Outra ocupa uma esquina da praça da Revolução, em Rio Branco, no Acre.

Para ler a matéria na íntegra, clique aqui.

“Silenciosas ou não, as bibliotecas de hoje estimulam (não só) o gosto pelos livros, e merecem ser visitadas“
Confira abaixo algumas fotos das Bibliotecas. 

 Biblioteca de São Paulo 

Biblioteca de São Paulo
Biblioteca de São Paulo
Biblioteca Pública do Acre
Biblioteca Pública do Acre
Biblioteca Pública do Acre
Fonte: Biblioteca de São Paulo.

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